Presidente do SINPRO ISI fala sobre Comissão da Verdade
Em uma reportagem de Mário Policeno, do G1 Sorocaba e Jundiaí, pesquisadores e vítimas da repressão em Sorocaba, como o presidente do SINPRO ISI, professor Daniel Lopes, contaram as ações da censura na cidade e ressaltaram a continuidade da luta para revelar fatos que ficaram acobertados, durante a ditadura militar.
rnUma das iniciativas para preservar a memória do período em Sorocaba foi a instalação da Comissão da Verdade pela Câmara dos Vereadores em 2014.
rnA comissão registrou depoimentos de várias pessoas perseguidas pelo regime militar. Os registros das sessões foram enviados para a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, implantada pela Assembleia Legislativa.
rnDe acordo com o presidente Daniel Lopes, um dos coordenadores na época, a Comissão da Verdade contribuiu para revelar as ações repressivas da ditadura que ninguém fazia ideia que foram praticadas em Sorocaba.
rnUma das revelações marcantes foi a de que o mais jovem desaparecido político da ditadura era natural de Sorocaba.
rnMarco Antonio Dias Baptista tinha apenas 15 anos de idade quando desapareceu por volta do mês de maio de 1970. Ele integrava a luta armada e foi perseguido por militares quando vivia na clandestinidade
rn“O irmão dele prestou depoimento para a comissão. Várias pessoas foram ouvidas em diversas sessões. Tudo isso ajudou a mostrar de que forma a repressão e a censura agiram em Sorocaba. Eram fatos restritos a uma ou outra pessoa antes, a população não tinha noção disso”, disse.
rnrn